Todas unidades do Bazar Professor Alcides estão em nome de terceiros

As três unidades do Bazar Professor Alcides em Aparecida de Goiânia estão oficialmente registradas em nome de terceiros. Essa informação, de acesso público, é comprovada por documentos do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e levanta questionamentos sobre as razões por trás dessa decisão, especialmente considerando o histórico de dívidas e processos judiciais enfrentados por Professor Alcides, que colocam em cheque sua capacidade de gestão.

As investigações revelam que a unidade localizada na Cidade Livre está registrada em nome de José Eldo Aguiar Marinho e Layane Ribeiro Rodrigues. Já a unidade do Setor Garavelo tem como sócios formais Vagner de Oliveira Lima e Regina Linhares dos Santos Vaz. Por fim, a unidade da Vila Brasília está registrada em nome de Luis José da Silva Junior e Thais Alves Ribeiro. Embora o nome de Professor Alcides esteja no nome fantasia dos estabelecimentos, o controle legal está nas mãos dessas pessoas.

A prática de registrar negócios em nome de terceiros é frequentemente adotada por empresários que enfrentam riscos financeiros, seja para proteger seus ativos pessoais ou evitar penhoras e bloqueios judiciais. No caso de Professor Alcides, que tem uma dívida de R$ 206 mil com a Prefeitura de Aparecida e um débito de R$ 3,83 milhões com o Banco do Brasil, essa estrutura pode ser interpretada como uma tentativa de blindagem patrimonial. No entanto, esse movimento também levanta sérias dúvidas sobre a capacidade do político de administrar seus próprios negócios.

As dívidas acumuladas e os processos judiciais enfrentados não apenas prejudicam sua credibilidade, mas também indicam problemas na condução financeira de suas empresas, reforçando a percepção de uma gestão ineficaz. A Justiça, inclusive, mantém a busca por seus ativos financeiros, o que sugere que as dificuldades financeiras não estão perto de uma solução.

Alcides ainda não se pronunciou sobre os motivos que o levaram a adotar essa estratégia empresarial, em meio à crescente pressão para que as dívidas sejam quitadas e a situação jurídica seja resolvida.

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